Sr. Rocha da Internet @ 12:07

Dom, 28/11/10

Já aqui disse que era muito difícil fazer humor nos dias que correm. A moda no séc. XXI é o humor involuntário. As pessoas não dão por isso mas despertam no mais sorumbático dos homens a gargalhada mais sentida.

Devo confessar que admiro as pessoas do Delito de Opinião por considerarem a hipótese de Paulo Pinto Mascarenhas escrever um texto sobre política. A esperança nos homens... admiro isso. Mas eu não vou só deixar o link. Vou mesmo deixar o post inteiro. Eu não sei se isto pode ser considerado doença do foro psiquiátrico, mas não deve andar muito longe, de qualquer maneira. Apreciem:

 

 

2040 - Província Portugalesa da Ibéria Europeia

 

O meu neto Francisco está a preparar um trabalho sobre o fim das nações para a cadeira de Ciência Política Avançada e quer utilizar o exemplo português para explicar como é que um Estado que foi soberano durante mais de oito séculos pode perder a independência e tornar-se uma mera província de uma região europeia. Pediu-me ajuda urgente por mensagem logovisual e eu enviei-lhe alguns velhos vídeos da primeira década do século, início das duas últimas décadas da independência nacional portuguesa, quando um primeiro-ministro chamado José Sócrates começou a tornar o país absolutamente dependente do exterior, endividando as gerações futuras até o tornar ingovernável, nas mãos dos credores internacionais. Como este:

 

 

 

Aconselhei-o depois a procurar no visor aquovirtual outras imagens e textos publicados no que se chamava então de blogosfera - e nos jornais. O Francisco ficou espantado quando percebeu a existência de uma rede imensa de chamados “bloggers” ou “bloguistas” que tinham sido cúmplices activos e convictos do fim de Portugal. “Mas eles não podiam deixar de saber que isto se estava a passar”, gritou-me ele, à saída do teletransportador na minha casa. “Estes Abrantes existiam mesmo, eram muitos a escrever com o mesmo apelido, ou mandavam mensagens uns aos outros?” - acrescentou. “Mas eram funcionários do tal do Sócrates, recebiam dinheiro de algum país estrangeiro interessado em ficar com as nossas praias, mas porque é que eles fizeram isto?” - insistia. Respondi-lhe que existiram “mesmo”, abrantes anónimos, mas que partilharam sítios na internet com figuras públicas, que muitos deles ainda andam por aqui, agora ao serviço das autoridades regionais da Ibéria Europeia. “Eles eram assim, inconscientes, convencidos que Portugal era propriedade deles e dos amigos.” O meu neto não podia acreditar na falta de vergonha de toda aquela gente que continuara a defender o indefensável mesmo quando todos os sinais indicavam o óbvio sobre as características políticas e pessoais do primeiro-ministro e o buraco em que estava a enterrar Portugal. “Uma vergonha”, repetia. Pois é. (Esta é uma ficção. Qualquer semelhança com a realidade será pura coincidência)




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