Numa altura em que não se deveria estar a discutir a Presidência da República porque se calhar é capaz de haver merdas mais importantes, um grupo de cidadãos responsáveis e preocupado com o descrédito institucional de que o país está a ser vítima decidiu tomar uma posição.
Esse grupo de cidadãos compreende as seguintes pessoas: eu e o João Villalobos (pessoa que, aliás, está ligada à criação deste novo blog de: passos-coelhistas, dois comediantes involuntários, um voluntário pouco cómico, um outro indivíduo que se disfarçou de António Figueira e mais pessoas que não posso identificar por questões de economia de tempo.).
A posição que queremos assumir é simples: incentivar a candidatura do sr. General Ramalho Eanes à Presidência da República. Para isso precisamos do apoio de mais cidadãos responsáveis. Já que ninguém quer saber do que se passa no país e não, ao menos dêem aí uma mãozinha a quem quer fazer cenas.
Certamente estarão todos recordados da grande causa "libertem a empregada daquela cujo nome não dizemos porque isso geraria um movimento de ódio" feito pelo saudoso Erecções 2009 - um blog que tinha estilo ao contrário deste que parece um saco de merda. Essa causa parecia estar morta.
Mas, eis senão quando vemos que não caiu em saco roto. A famosa jornalista causídica Fernanda Câncio, cujo blog não podemos linkar correndo o risco de sermos acusados de ter problemas sexuais - e eu não ando a gastar rios de dinheiro em certas prestações de serviços para ouvir este tipo de merdas de indivíduos que nem sequer têm uma coluna no jornal da aldeia -, pegou naquele nosso sentimento de injustiça e abriu um universo que nós não poderíamos ambicionar, o universo de todas as empregadas domésticas.
Só uma pessoa com a magnitude e relevância social (bolds meus) da Dra. Fernanda Câncio tem a possibilidade - e por que não a capacidade - de assumir este papel na luta pelos direitos das classes oprimidas.
Libertem as "mulheres a contrato de serviço doméstico" (é assim que devemos dizer agora). Principalmente as "mulheres a contrato de serviço doméstico de etnia africana". Mulheres a dias é um termo redutor, empregada doméstica também, até porque dá ares de que há alguém que emprega e alguém que é empregado - um escândalo.
Vamos acabar com estas manias burguesas da serventia e relançar para o debate público temas burgueses realmente importantes como a emancipação até à libertação das "mulheres a contrato de serviço doméstico".
Teremos muito que agradecer ao génio altruísta de Fernanda Câncio. As moscas nunca se esquecerão deste momento único na História de Portugal.
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A propósito desta notícia que em muito nos entristece, parece-nos claro que é nosso dever chamar à atenção para uma situação muito delicada e que pode ter consequências nefastas nas ruas de Copenhaga.
A social democracia europeia toldou a mente dos nossos governantes. Esta é a conclusão a que se pode chegar após uma iniciativa que tem como objectivo censurar uma "actividade perfeitamente legal". Respeitamos em absoluto a posição das prostitutas dinamarquesas, mas não podemos ficar calados perante o drama que pode vir a ser vivido pelos seus empresários.
Nem todas as prostitutas dinamarquesas são profissionais liberais. Muitas delas trabalham por conta de outrem. Esta situação faz com que, em última análise, seja toda uma empresa a ser prejudicada por uma iniciativa política que roça o mais profundo dos comportamentos ditatoriais.
Chulos de todo o mundo: uni-vos! Amanhã podeis ser vós a ver ameaçado o trabalho de anos; um trabalho de esforço e dedicação para que muitos dos vossos concidadãos tenham acesso a algo que, por razões pessoais, interiores ou exteriores, não podem ou não querem ter.
Vamos ser todos solidários com uma classe muitas vezes desprezada, mas que também ela, pela sua capacidade de organização e pela sua produtividade, tem um contributo inestimável não apenas para a nossa economia, mas também para a felicidade de muitos.
Hoje, também é dia internacional de erradicação da violência doméstica.
Todos juntos contra a violência doméstica no PSD.
Agora que, finalmente, se iniciou entre nós o necessário debate sobre a presença dos crucifixos nas saulas de aula, gostaria de alargar este espaço de reflexão de forma a que englobe o uso dos mesmo no "tratamento" dos "vampiros".
Antes de mais gostaria de dirigir a vossa atenção à forma como os termos que usamos definem a forma como vemos este problema. Chamamos "vampiros" (uma denominação com séculos de associações negativas) a um grupo de pessoas com necessidades fisicas especiais, que nada os menoriza e apenas vem alargar o espantoso leque da diversidade da experiência humana. Portanto o termo correcto é "Hematófagos".
Os Hematófagos têm desde sempre sofrido a perseguição da obscurantista igreja católica que sempre os demonizou e que os objectificou como expoentes do mal, apenas pelas suas necessidades alternativas de alimentação.
Mas agora no dealbar de um novo século, onde nos libertaremos do jugo tirânico das igrejas, há que proteger os nossos irmão Hematófagos da brutalidade dos crucifixos que lhe são mostrados, contra sua vontade!, e que são responsáveis por extensos danos fisicos.
Deixo aqui o apelo para que me ajudem a dar maior visibilidade a esta chaga social que, há demasiado tempo, tem andado esquecida.