Vejo-me obrigado a trabalhar numa equipa. Como se isso não bastasse, ainda tenho de levar com uma tipa que está num nível de estupidez global que nunca imaginei ser possível. Essa mesma criatura supervisiona a equipa. Para além de tudo isto e muito mais, estamos a falar de uma pessoa que "tem de tomar café".
Não compreendo as pessoas que têm de tomar café. Todos os dias a mesma frase "preciso de um café". Não precisas nada, caralho! Precisas é de começar a pensar em coisas realmente importantes e não em lugares-comuns como "preciso de um café". Todos os dias isto. Ainda por cima começa-me as frases todas por "é assim...". É assim, eu preciso de um café. Caralho! Eu não aguento esta merda. Eu, que até estou habituado a um nível de estupidez e vazio intelectual de nível altíssimo, não é Sofia?
Mas por que caralho é que as pessoas precisam de um café? Durmam mais, deitem-se a horas, que é o que eu faço. Se algum dia eu disser "preciso de um café" espetem-me um ferro em brasa pelo nariz acima, que o rabo não aposto mais. O que é isso de precisar de um café? E quando eram miúdos e tinham de ir para a escola às 8h30, também tomavam café?
Eu parece-me que isto é uma daquelas coisas de querer parecer cool, com um ar desgovernado pela manhã... Que caralho! Uma gaja que tem um cérebro todo desgovernado não precisa de fazer de conta e chatear as pessoas com o "preciso de um café". Precisa é de um cérebro novo.
A juíza do processo Casa Pia já decidiu mas, por pirraça, não vai proferir o acórdão para já. Só por causa das merdas!
Agora são os assistentes do Fripór Glaimour en horabuena que querem a reabertura do processo. Agora, que estamos nas férias judiciais. E o juiz vai deixar, claro. Para arreliar o Glaimour Man. Querem atacá-lo política e profissionalmente. Querem arrumar com o Homem, o único político em Portugal que podia ser campeão do mundo. Mas nós, os portugueses de boa-fé, não vamos deixar. Tu estás inocente!
Ainda agora terminou a primeira semana de trabalho e já sou o empregado do mês.
A nós ninguém nos engana. Se lermos bem os sinais deixados na Casa da Carqueija percebemos quem são os envovidos. E estão todos envolvidos. A Trilateral, a P2, GOP, os vários Opus, os novos anarquistas refundidos, Fátima, os templários renascidos, o David Icke... É preciso botar mão nisto.
e por isso fiquei muito emocionado quando vi uma jornalista da Sic numa missa em memória de Amália Rodrigues, com Maria Bethânia em fundo, dizendo que a cantora brasileira tinha acedido logo ao convite para participar na homenagem à fadista porque gosta de portugal, da língua portuguesa, dos poetas, enfim, de Fernando Pessoa. E eu adoro pessoas que adoram Fernando Pessoa em abstracto. Livros, no geral. Uma vez, uma gaja disse-me que adorava livros. Fiquei sem tesão durante 3 semanas. É positivo isto, porra. Detesto sexo.
Pouco depois percebo que a Nestea está a fazer uma campanha em que sugere que a palavra mudasti seja integrada no dicionário da língua portuguesa. É a poesia do mercado a funcionar. Há imenso potencial literário na palavra mudasti.
Aconteceu. Quem viu nem quis acreditar.
Prince já ia a meio do concerto. O Capitão Haddock contorcia-se tanto a tentar tirar areia do rabo que parecia um funky messenger armado em sexy mother fucker. Um pouco mais ao lado vimos uma cara conhecida. Que espanto! Que surpresa! Era ela, no alto do seu metro e sessenta aos saltinhos para ver se avistava a única pessoa da sua altura e que estava, curiosamente, em cima do palco. Shyznogud. Tenho a certeza. O Capitão não tinha porque estava bêbado já, que é uma coisa muito sábia para se fazer num festival de música em Alfarim - embebedar-se.
E lá estava ela quando, de repente, o grande Prince fez algo que me parece perfeitamente natural. No meio dos seus trezentos e setenta agradecimentos e declarações de amor disse "I love you, you love me and we all love God". Satisfeito, olhei com um ar jocoso para a jugulosa fanática de pretinhos. Nesse exacto momento, Prince pergunta "do you love God?". E sem que ninguém contasse, Shyznogud desata aos saltinhos a gritar "i do, i do" e começa a correr pelo recinto fora levantando uma onda de pó que não se via desde os bons tempos do Casal Ventoso. Pensei "Meu Deus, a mulher está louca". E por pura compaixão tentei segui-la para acalmar aquela histeria religiosa espontânea. Eu só pensava "ai se a Palmira vê isto...". Lá a conseguimos parar. Estava em êxtase espiritual e a cantar o kumbaya, my lord. O Capitão não se apercebeu, mas como me viu a correr também foi. Adora o desporto. Agarrámos nela e tentámos tirá-la do recinto, mas a fila para ver este degradante espectáculo já tinha para lá de três horas. Hoje, nas notícias, ninguém falou do assunto. O mito ficará entre nós.
Ora, isto tudo para dizer que Pedro Silva Pereira e João Tiago Silveira já devem estar a par disto e em princípio vai haver gente que não está para lhes andar a limpar o cu por menos dinheiro. Cães, mas com dignidade salarial. Portanto, é provável que o Miguel Abrantes deixe de ser 4 para passar a ser apenas 2. Vão cortar em alguns temas, nada de especial.
Ontem, ao ver o Estado da Nação e ao ouvir José Sócrates, tive uma epifania. Parece estranho, até porque não teve a forma de excremento, nem tampouco foram gazes. Ao ouvir Sócrates, com o devido facciosismo, percebi que confiar nele é como confiar nas mulheres: por norma, dá merda.
Repare-se, Sócrates, no início da legislatura, reuniu com os partidos da oposição para arranjar amigos. It was the heat of the moment...
Ontem, acusou Portas de querer ligações para chegar ao poder. Hmmmm... Isto no fundo é como as gajas que falam em autodeterminação e emancipação sexual e mai'não sei o quê e depois simulam orgasmos. Não sei me faço entender. É como as gajas que falam em amor e carinho, lealdade e respeito, e depois vão a correr contar às amigas que o peixe não rende...
E nós, o homem-cidadão, conhecendo esta disfunção cerebral, só podemos adoptar uma de duas políticas. Ou cagamos e deixamos andar, que se foda, ou então não estamos para aturar malucos e chapéus há muitos. Depois queixam-se, assim:
A Caras esteve no backstage dos festivais Delta Tejo e Optimus Alive e publicou, sem saber, fotos dos colaboradores d'As Moscas: Capitão Haddock (na primeira foto com um amigo) e Reaction Man (na segunda foto com uma amiga). Partilhamos com os nossos queridos leitores.
Fui ver um festival de música moderna em que tocaram grandes revelações da música como os Faith no More e os Alice in Chains. O Willie Nelson não pôde ir.
Mas nem só de música se faz um festival. É possível estudar bem a espécie humana a partir de particularidades como esta de falar ao telefone num festival da Optimus e dizer "olha, estamos aqui mesmo do lado esquerdo da barraca da Optimus". É como quem diz "eh pá, sou o gajo com a camisola dos Faith no More".
Outra coisa deveras interessante é o Champimóvel. O quê, vocês ainda vão para festivais ver concertos? Otários! A cena agora é andar em simuladores de vôo da Fundação Champalimaud e speed datings com cientistas da Gulbenkian. Oh, The Modern Age!
perdão, razões de fundo, de forma e de oportunidade. É o que diz Casco Tampilho sobre a sua discordância ao uso da Ação Dourada (assim até parece uma brigada da esquerda extremamente caviar).