Sr. Rocha da Internet @ 02:31

Qua, 11/08/10

Flipa Martins lembra-me sempre Sandy. O cidadão no geral e o português em particular dever-se-ão lembrar de Sandy & Junior. Não? Faz favor de consultar na internet que é para isso que ela serve quando somos ignorantes na modernidade.

A imagem de uma rapariga, desde a Sabrina ou, vá lá - não sejamos sectaristas - da Marilyn Monroe, passa muito por aquilo que ela não diz, ou por aquilo que nós supomos que ela faz para não dizer nada.

Estou a ver o 5 para a meia-noite, o programa com a melhor narrativa de entretenimento desde a Vaca Cornélia. São convidados a Sandy e Rui Tavares - e faço agora uma declaração de interesses - pessoa que eu tinha visionamentalizado hoje à hora do almoço na Gulbenkian (cultura) pouco antes de ter entrado no desemprego (eu, não o Tavares que é amigo da Fernanda Câncio e pelas ligações pessoais ao Sócrates e à mulher do Louçã, que é irmã de um ex-ministro, e o caralho, nunca ficará desempregado) com a mesma camisa.

E nem é pelo rancor de ter trabalhado durante 15 dias sem contrato e com gente no limiar da pobreza neuronial que venho aqui dizer que a Flipa está no fundo da ravina de tudo o que é mais sagrado no mundo. A nossa Flipa, por amor de Deus. Mas, enquanto o Tavares fala das causas e dessas merdas - que ele, no fundo, sabe cenas - a Flipa fala da sua longa carreira de pequenos nadas - uma expressão do meu agrado pessoal (estou a abusar dos travessões, mas, porra, estou desempregado). É assim a vida: de um lado um rapaz burguês revolucionário, académico historiador e político de profissão (pior não se pode dizer), do outro uma criatura cujas grandes histórias de vida são uma vizinha que foi esfaqueada e uma reportagem qualquer no Sahara (o nome escrito desta forma é cração minha, um neologismo) que fez enquanto se esforçava por enviar um currículo comos certificados da escola e essas merdas fodidas de arranjar no meio da natureza. Uma pessoa tem valências, porra!

Ainda assim, a parte que eu mais gostei foi a da política. Sim, vamos ignorar que a Sandy escreveu um livro idolatrado por punheteiros (por amor de Deus, isto é tudo em sentido figurado). É que eu começo a pensar, com afinco, que as pessoas que não levaram até ao fim o meu não-contrato de trabalho, sem me terem despedido ou sem eu ter cometido harakiri laboral, são verdadeiramente brilhantes (primeiro advérbio de modo utilizado neste pedaço de nada, caso o Ouriquense ou o Bruno Vieira Ramalho estejam a ver). A política, minha Nossa Senhora, para a Flipa não é trabalho. Pois não, caralho! Depois dela ter servido de pin-up para o Dr. Passos-estou-a-precisar-de-implantes-capilares-e-é-isso-mesmo-que-eu-estou-a-fazer-daí-este-cabelo-estúpido-Coelho, que é uma pessoa extremamente liberal e essas merdas, foi escrever para o blog de esquerda da Marta Rebelo. A Flipa andava à descoberta da sua identidade, tipo Cinha Jardim. Sempre muito auto-confiante.

Enfim, mais uma vez, eu nem quero parecer rancoroso, mas ela está ali porquê? Reparem, nem a Sofia Bragança Bucholololololz se presta a tal figura, de não fazer nada e ser convidada por isso. Ok, se calhar presta-se, mas felizmente (ai caralho, é o segundo) não aparece. A questão é que no meio - esse espaço onde andam desde a Serenela Andrade ao... e por que não? ao Rui Tavares - tudo cabe. É um bocado como a música: ninguém quer saber. Basta entregar o certificado da escola que, ao que parece, foi o que a Flipa fez para começar a trabalhar. Pelo menos trabalha. Se calhar depende das escolas. Vá-se lá saber!

 

 

Post feito sem links ao abrigo do novo acordo ortográfico em itálico.


sinto-me: desempregado mas feliz

clara @ 09:41

Qua, 11/08/10

 

trabalha e não é pouco. também lhe podemos chamar escola, sim senhora.

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