Agora são os assistentes do Fripór Glaimour en horabuena que querem a reabertura do processo. Agora, que estamos nas férias judiciais. E o juiz vai deixar, claro. Para arreliar o Glaimour Man. Querem atacá-lo política e profissionalmente. Querem arrumar com o Homem, o único político em Portugal que podia ser campeão do mundo. Mas nós, os portugueses de boa-fé, não vamos deixar. Tu estás inocente!
Ora, isto tudo para dizer que Pedro Silva Pereira e João Tiago Silveira já devem estar a par disto e em princípio vai haver gente que não está para lhes andar a limpar o cu por menos dinheiro. Cães, mas com dignidade salarial. Portanto, é provável que o Miguel Abrantes deixe de ser 4 para passar a ser apenas 2. Vão cortar em alguns temas, nada de especial.
Eduardo Pitta, a Clarice Lispector portuguesa, está ali no seu blog Da Literatura - um blog que era para ser sobre a mariquice dos livros mas que passou a ser sobre o sectarismo acéfalo e também ele mariquinhas - a falar não sei bem de quê (sabe-se lá o que vai na cabecinha da Clarice). A única parte que me pareceu perceptível foi aquela que o Pitta (com todo o respeito, por amor de Deus!) fala em radicais de direita.
Ora, o Pitta (com todo o respeito, por amor de Deus) passa muito tempo a ler poesia e depois fica com a mente tão perfumada que fica sem capacidade de discernimento. Ou se calhar é mesmo burrice. Ó Pitta (com todo o respeito, por amor de Deus), onde é que estão os radicais de direita em Portugal? Isso a solução era sair de casa e pisar merda fresca a ver se se preocupa com outras coisas. Sei lá, com o facto do Primeiro-ministro ser um imbecil, por exemplo.
Sua Santidade, o Primeiro-ministro, disse numa merda qualquer no estrangeiro que era o dono da política económica do país. Pronto, ficámos todos esclarecidos sobre o socialismo do nosso Sócrates. Se é ele que manda então não existe economia privada, pelo que todas as consequências económicas, incluindo falências e insolvências, são da sua responsabilidade. Que alívio, não é?
Um bocadinho mais à frente, Sua Majestade, o Sócrates, disse que a esquerda sabia governar com responsabilidade e só quem é de direita é que acha o contrário. Foda-se, a sério? Eu a julgar que eram as pessoas de esquerda que achavam que as pessoas de esquerda não governavam com responsabilidade.
Francisco Assis elogiou Carlos Costa, o novo chairman do Banco do Portugal. Estou mais descansado.
Acabo de ouvir José Sócrates dizer que formalmente o governo não sabia do negócio da PT com a Media Capital. O país descobre agora uma condição sine qua non para condenar a aldrabice: a formalidade.
O governo podia até criar a sua própria casual friday - o dia em que formalizava a informalidade e onde podiam ser cometidas as maiores atrocidades já que era tudo informal.
Se uma árvore cair na floresta, sem que ninguém esteja lá a assistir, faz barulho?
Caros directores da unidade de queimados,
Gostaria de vir por este meio pedir a vossas excelências que reforçassem a unidade de queimados pois parece que na última semana anda muita gente a meter as mãos no fogo por terceiros.
As queimaduras devem ser graves porque a inconsciência do acto é grande. Agradecia também que reforçassem o apoio psicológico já que há aqui muita gente que não vai aguentar o choque e outra tanta que será, muito provavelmente, vítima do Síndrome de Estocolmo.
Diz que o ministro das obras públicas - pessoa de quem ainda não tive tempo para decorar o nome e que como tal julgarei sempre que se chama Severiano Teixeira, que foi o único nome de ministro que decorei para este propósito - declarou que o TGV tornaria Lisboa na praia de Madrid.
Ora, eu não percebo nada de obras públicas, mas quer-me parecer que Lisboa de praia tem pouco. Nem é por ter um rio, é mais por causa do contrato de quarenta e tal anos que a Câmara de Lisboa assinou com a carga pronta e metida nos contentores. Nem quero parecer desmoralizador, mas se é de turismo que Lisboa precisa, então se calhar o melhor era começar por varrer o lixo, não vão as visitas estranhar aquele aroma nuclear da Costa da Caparica.
Ainda assim, e tendo em conta que se podem aproveitar as praias da linha potenciando um arrastão à séria, o que era óptimo para a economia paralela, o facto do TGV e o Aeroporto ficarem um bocadinho à desamão, fazia com que um gajo que saísse de Madrid para vir tomar uma banhoca à foz do Tejo ainda perdesse umas boas 2 horas no trânsito.
Onde é que eu quero chegar com isto? É simples, parece-me que mais do que uma questão de honra ou orgulho isto é - como dizer sem ferir susceptibilidades? - estúpido. No fundo, tal como eu, a grande parte das pessoas que respira em Portugal não sabe o nome do senhor e isto foi tudo um golpe para chamar à atenção.
Aposto que há uma gaveta no gabinete do Primeiro-ministro com "as frases mais loucas para os ministros das obras públicas com um passado no obscurantismo estalinista".
Estão sempre a cascar no bloco central, mas a verdade é que tanto o PS como PSD escolhem os seus melhores para resolver os problemas da nação. Especialistas.
Primeiro apareceu António Preto, com base em toda a sua experiência, a sugerir medidas de fiscalização contra a corrupção. Agora sabemos que também Ricardo Rodrigues é um especialista nesta matéria.
Não temos de nos preocupar. Estamos na mão de gente que sabe da poda.
E pronto, meus senhores, é este o tipo de desculpas que a partir de agora os nossos governantes podem dar. Vieira da Silva abriu, hoje, um precedente interessantíssimo: o da indignação do cidadão comum que, por mero acaso da vida, calha de ser ministro. Até porque, segundo a lógica do ministro, se a jornalista não lhe tivesse feito a pergunta ele não lhe teria respondido. Ora pois claro! Que vício que estes jornalistas têm de fazer perguntas às pessoas.