Aurea Mediocritas @ 10:37

Sab, 08/05/10

 

Quero desde já manifestar o meu interesse em meter uma bala nos cornos a quem achou que isto era ameaça ao PR.

Noto com alguma satisfacção que para a policia a ideia de matar o PM não os aborrece tanto. Acho que já todos chegamos à conclusão que é a forma mais expedita de sair da crise.

 

Tirado do blogue Rede Libertária




Aurea Mediocritas @ 00:50

Sex, 09/04/10

 

 

 

Uma cáfila de idiotas, deixada, a pastar em sossego no Parlamento, tem o poder de decidir, quanto é que os elementos mais qualificados da nossa sociedade devem receber.

Este tipo de incongruência é explicado pelo tal do mandato popular que esta gente tem por virtude de terem ingressado num partido politico.
Deduzo que seja isto a que chamam democracia.

 

Democracia aparentemente é a organização social que é regida pela mesma lei que organiza a velocidade de movimentação de uma manada de herbívoros; os últimos são aqueles que marcam o passo da manada.

Ora se isto tem vantagens para transportar gnus pelas planícies Africanas, é menos claro que vantagens poderá ter para organizar sociedades humanas.

 

Na realidade o que a democracia garante é que, através do nobre objectivo de ser o mais inclusiva possível, as nossas sociedades são pensadas pelo máximo denominador comum, assegurando que as decisões tomadas sejam representativas do maior número de pessoas.

Isto significa que o debate politico nunca se faz (ou se pode fazer) sobre assuntos, e nos termos, que as pessoas mais inteligentes, informadas e preparadas gostariam de o fazer. Já que este grupo só é definível por aquilo que os separa da maioria.

 

Na verdade, de forma a garantir que o debate seja o mais abrangente possível, este tem de ser algo que interessa aos que nada sabem e que nada querem saber, por desinteresse, dificuldades económicas ou por limitação genética.

 

Isto explica o triste espectáculo politico que presenciamos diariamente, e que tem como consequências (entre outras) as seguintes:

 

  • Discurso pobre e repetitivo - Não, a culpa não é do marketing politico. É uma técnica para passar informação a pessoas que se supõe estarem “nas filas de trás” da inteligência.

 

  • Ideias e projectos políticos desfasados no tempo - De forma a garantir que todos irão perceber uma proposta, é importante que toda a gente a conheça de antemão. Isto faz com que todas as ideias tenham de estar há muito no zeitgeist antes que algum politico lhe toque.

Com isto consegue-se garantir não só que as soluções encontradas sejam não só abrangentes como perfeitas para dar resposta a problemas que tínhamos há 20 anos atrás.,

 

  • Figuras públicas ausentes de qualidades – Para além da capacidade técnica de se moverem no meio partidário, a maioria dos políticos não parecem ter outras capacidades discerníveis a olho nu. Isto garante que os putativos representantes sociais sejam o menos definidos possíveis, de forma a não antagonizar o maior número de pessoas possível.

 

  • Conflitos sociais onde os interlocutores são entidades sociais sem relevância – Da mesma forma que os partidos representam uma resenha de tudo aquilo que Portugal pensou há duas ou três décadas, estes procuram parceiros que estejam no mesmo fuso temporal que eles. Ver Sindicatos e Grupos Católicos.

 

Isto tudo para dizer que não é casual mas sistémico o facto dos deputados (que são uma espécie de segunda linha dos partidos, que por sua vez são uma espécie do primo estúpido de uma família que lê pouco da sociedade) tenham achado por bem não aumentar as bolsas de investigação de ciência enquanto continuam a acreditar, sinceramente, que estão a combater o “brain drain”e a valorizar os recursos humanos do país.

Isto não é cinismo, é uma dificuldade cognitiva.

A mesma dificuldade cognitiva que persiste em achar que o endividamento público se combate com gasto público, à Keynes visto pelos anos 60.

 

Que não tenhamos duvidas.

Não são os políticos que destroem a democracia, é a democracia que faz os maus políticos.

E aceitar isto faz de nós todos culpados.



Whatever happened to the bright ones
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